quinta-feira, 28 de julho de 2011

Boxe – ruim para o cérebro.


Até 20% dos boxeadores profissionais desenvolvem seqüelas neuropsiquiátricas. Mas quão graves quais são essas complicações? Essas foram questões estudadas por Hans Förstl da Universidade Técnica de Munique e seus colegas. O estudo completo foi publicado na edição de dezembro da

Este foi um dos maiores estudos já feitos nos últimos 10 anos sobre o tema “saúde dos boxeadores” e os pesquisadores chegaram aos seguintes resultados. A conseqüência aguda mais relevante é decorrente de um nocaute, golpe permitido de acordo com as regras do esporte e que em termos neuropsiquiátricos corresponde à concussão cerebral. Além disso, os boxeadores sofrem um grande risco de sofrer lesões na cabeça, coração e ossos. Após um nocaute, o boxeador também pode apresentar conseqüências não tão graves como dores de cabeça, problemas auditivos, náusea e perda de memória.

boxeadoras
© istockphoto.com /Niknikon

Os déficits cognitivos após um traumatismo crânio-encefálico permanecem por mais tempo do que o indivíduo possa perceber. Cerca de 10 a 20% dos boxeadores desenvolvem deficiências neuropsiquiátricas. A repetição do trauma cerebral – comum durante a carreira do boxeador – pode resultar em sua demência (demência pugilística), que é neurobiologicamente semelhante ao mal de Alzheimer.

No entanto, em se tratando de riscos à saúde há uma clara diferença entre boxeadores profissionais e amadores. Boxeadores amadores são examinados regularmente todos os anos em competições de boxe, enquanto que os profissionais se expõem às lutas sem essas medidas de proteção. 

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