A
frutose é um importante carboidrato encontrado no organismo humano e na
maioria das plantas. Seu nome é originário da palavra latina fructus, já que as frutas são importantes fontes de frutose.
Atualmente
pelo fato da frutose ter um potencial poder adoçante (sendo considerado
o mais doce dos açúcares), as indústrias alimentícias vêm utilizando
esse nutriente com a função de aumentar a palatabilidade dos alimentos.
Dessa forma, a frutose vem sendo adicionada em doces, bebidas e frutas
industrializadas. Alimentos produzidos em confeitarias têm em média de 1
a 2% de frutose. Porém, se esses alimentos apresentarem frutas na sua
composição, a quantidade de frutose pode aumentar para cerca de 11%.
O
consumo de frutose na alimentação da população, casualmente ou não,
aumentou cerca de 250% nos últimos 15 anos, acompanhando o aumento da
epidemia da obesidade. Nos últimos anos, a ingestão de frutose vem
aumentando acentuadamente em decorrência do maior consumo de produtos
industrializados contendo frutose, como, por exemplo, adoçantes,
refrigerantes, xarope de milho, sendo este último, comumente utilizado
em sucos, cereais matinais e alimentos pré-preparados.
Atualmente
a frutose representa cerca de 9% das calorias diárias consumidas, sendo
um elemento amplamente utilizado pelas indústrias alimentícias para dar
sabor e adoçar os alimentos, no lugar da sacarose.
Pesquisas demonstraram que o EXCESSO
de frutose está associada ao aumento dos níveis de triglicerídeos e
colesterol, por também ser precursora de gorduras. Ela estimula a
atividade de enzimas no fígado resultando em maior síntese de lipídeos,
e, como conseqüência, níveis mais elevados de gorduras totais e de
lipoproteínas de muito baixa densidade (conhecidas como VLDL). Outros
efeitos ocasionados pela frutose no corpo relatados em estudos são:
aumento de ácido úrico circulante no sangue (principalmente em pessoas
hipertensas), ganho de peso, esterilidade e desenvolvimento de doenças
neurodegenerativas (como demência e mal Alzheimer).
Um estudo publicado na revista “Endocrinology” relata que o EXCESSO
no consumo de frutose durante a gravidez pode afetar o desenvolvimento
da placenta e resultar em mudanças específicas do sexo da endocrinologia
fetal e neonatal. Neste estudo, os cientistas examinaram ratinhos
fêmea, em fase de acasalamento, os quais foram acondicionadas para
receber água ou uma solução de frutose que representou 20% de ingestão
calórica a partir de frutose. Só os fetos do sexo feminino nos ratinhos
alimentados com frutose apresentaram maior leptina, frutose e glicose no
sangue do que os ratinhos correspondentes do grupo de controle. Os
filhotes machos e fêmeas de ratinhos alimentados com frutose
apresentaram ambos maiores teores de frutose no plasma. Os
investigadores também descobriram que a placenta dos fetos do sexo
feminino nos ratinhos alimentados com frutose era mais leve que a dos
fetos do sexo feminino no grupo de controle. "Mais estudos são
fundamentais para determinar os efeitos em longo prazo da ingestão de
frutose materna sobre a saúde e o bem-estar da prole e para perceber se
as diferenças observadas no estudo obtêm diferentes perfis de risco para
a doença metabólica no período pós-desmame.
E
ainda existem evidências de que a frutose diminui a velocidade do
metabolismo, crianças que bebem muito refrigerantes e sucos de fruta
(ambos ricos em xarope de milho e frutose) são mais gordas do que
crianças que não bebem eles, mas que mesmo assim consomem a mesma
quantia de calorias.
Dica da nutri: é importante ressaltar que os estudos realizados demonstram que o EXCESSO
de frutose proveniente de alimentos industrializados utiliza esse
nutriente com a função de aumentar a palatabilidade dos alimentos, por
isso fique atento lendo sempre os rótulos dos alimentos. Estudos
demonstram que a transição nutricional e o alarmante aumento no consumo
de alimentos ricos em frutose, tem contribuído para a epidemia das
obesidade, diabetes mellitus e síndrome metabólica em crianças e
adultos. Logo procure sempre qualidade de vida evitando ao máximo os
produtos industrializados.
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