Israel matou o comandante militar do
Hamas em um ataque aéreo nesta quarta-feira na Faixa de Gaza, levando os
dois lados envolvidos no conflito à iminência de uma nova guerra.
O ataque ocorreu apesar de sinais de que o
Egito havia conseguido mediar uma trégua entre Israel e militantes
palestinos após cinco dias de escalada de violência, em que mais de 100
mísseis foram disparados de Gaza contra Israel e foram lançados
repetidos ataques israelenses sobre o enclave.
O islamista Hamas disse que Ahmed
Al-Jaabari, que era responsável pelo braço armado da organização chamado
Izz el-Deen Al-Qassam, morreu junto com um passageiro depois que o
carro em que estavam foi atingido por mísseis israelenses.
O serviço israelense de inteligência Shin
Bet confirmou ter realizado o ataque, dizendo que matou Jaabari devido à
sua "atividade terrorista de uma década".
"O motivo desta operação era debilitar o
comando e o controle da cadeia de liderança do Hamas", afirmou o
Exército israelense em um comunicado.
Uma autoridade militar israelense disse
que o assassinato do alto comandante do Hamas não seria o fim dos
ataques de Israel à Faixa de Gaza e que mais ataques virão a seguir.
Pedidos imediatos por vingança foram transmitidos na rádio do Hamas e grupos militantes menores alertaram que iriam retaliar.
"Israel declarou guerra em Gaza e eles irão carregar a responsabilidade pelas consequências", disse a Jihad Islâmica.
Uma testemunha da Reuters informou que houve múltiplos ataques aéreos de Israel contra o enclave costeiro.
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