segunda-feira, 18 de julho de 2011
Exercício das Forças Armadas brasileiras em Itaipu preocupa Paraguai.
Ricardo Bonalume Neto
A coincidência entre o apagão de terça-feira passada (10) e o início nesta segunda-feira de um grande exercício militar no sul do Brasil que inclui a ocupação de uma usina hidrelétrica “binacional” despertou temores no Paraguai de que o objetivo do exercício seria simular uma eventual tomada da usina de Itaipu.
“Brasil prepara simulacro de guerra dirigido ao Paraguai”, dizia um título na primeira página de sábado passado (14) do jornal paraguaio “ABC Color”.
“O exercício se anuncia umas 72 horas logo depois que um apagão por falhas não esclarecidas em Itaipu deixou no escuro seis grandes Estados brasileiros e arrastou todo o Paraguai”, escreveu o jornal.
Na verdade, a operação está planejada faz vários meses; uma manobra deste tamanho não se improvisa em apenas uma semana.
A Operação Laçador é o maior exercício militar da América Latina. A manobra coordenada pelo Comando Militar do Sul envolve mais de 8.000 homens das três forças e inclui 13 navios, dois submarinos e 53 aeronaves da FAB.
O cenário envolve a disputa por energia, tanto hidrelétrica como de petróleo. A “guerra” é entre o país “verde” –representado por Paraná, Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul– e o “amarelo” –boa parte do resto do RS. Justamente para evitar interpretações diplomaticamente sensíveis, o exercício será longe de fronteiras.
A “guerra” começa com os “amarelos” invadindo campos de petróleo em torno de Rio Grande (RS) pertencentes aos “verdes”, cuja missão é retomá-los, e também ocupar a usina “binacional”, representada pela usina de Itá, no rio Uruguai, em Santa Catarina, na divisa com o Rio Grande do Sul.
Militares de várias partes do Brasil vão integrar a operação. São as principais unidades do Exército que estariam envolvidas em uma ação real de pronto emprego, como a retomada de uma hidrelétrica.
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